Agência Efe

Ao mesmo tempo, os cientistas da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, conseguiram acelerar as reações nessa mistura, o que ajudaria a otimizar as técnicas de refino de biocombustíveis, segundo um relatório publicado na quinta-feira (31) pela revista Science.
O cientista argentino Daniel Resasco, professor de engenharia de materiais químicos e biológicos da Universidade de Oklahoma, explicou à Agência Efe que a mistura tinha sido impossível até agora, porque um é hidrofílico (solúvel em água) e o outro, hidrofóbico (insolúvel):
- Ao contrário dos combustíveis comuns, que só contêm componentes hidrofóbicos, os biocombustíveis contêm compostos oxigenados como os aldeídos, álcoois e ácidos, que são muito solúveis em água.
Resasco acrescentou:
- A novidade é que estas nanopartículas que desenvolvemos são capazes não só de estabilizar emulsões água-óleo e se localizar na interfase (o ponto de contato entre os dois materiais), mas também de catalisar reações.
Segundo o cientista, pelo fato de terem duas faces (uma hidrofílica e outra hidrofóbica) os nanohídridos que os pesquisadores desenvolveram podem catalisar reações na água e outras no óleo:
- Dessa maneira, são eliminados muitos passos no processo de melhoramento dos biocombustíveis.
Segundo Resasco, o processo desenvolvido permite a conversão simultânea de todos os produtos oxigenados de uma maneira mais econômica e efetiva:
- Além disso, o uso destes catalisadores anfifílicos (hidrofóbicos e hidrofílicos) pode se estender a muitas outras áreas, como a química fina e a indústria farmacêutica.
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