

Foto por Carlo Ferraro - 2009.jan.29/EFE
O semanário teve acesso a escutas telefônicas feitas pela Justiça italiana, como parte de uma ampla investigação sobre corrupção contra Balducci, ex-presidente do Conselho Superior de Obras Públicas.
Nas transcrições das fitas, o nigeriano, apelidado "Mike", e batizado como Chinedu Thomas Ehiem, telefonava regulamente para Balducci com a finalidade de marcar encontros com outros homens.
Italiano nega as acusações
Balducci, que possui também o título de nobreza "Gentil-Homem de Sua Santidade" desde 1995, desmentiu as afirmações.
Na revista, Mike, 40 anos, que diz "cantar no coro de São Pedro", mas que "não é um religioso", afirma que "um amigo italiano vivendo da prostituição lhe apresentou Balducci há mais de 10 anos". Ele disse também ter aceitado manter relações sexuais com ele "durante cinco ou seis meses", para solucionar dificuldades financeiras e familiares.
O relacionamento foi interrompido em seguida e, "após um longo período", Balducci voltou a aparecer para pedir que arranjasse encontros pela internet.
Segundo o nigeriano, o italiano preferia "os mais maduros, de 40 anos ou mais" e dava a Mike "de tempos em tempos 50 euros (R$ 120) ou 100 euros (R$ 240), não mais de mil euros (R$ 2.400) ou 1.500 euros (R$ 3.640) ao ano".
Balducci teria tido casos com seminaristas
O último encontro entre os dois datava de janeiro, quando Mike afirma que conseguiu "um húngaro de cerca de 40 anos, moreno" para Balducci, preso no dia 10 de fevereiro. De acordo com a transcrição das escutas telefônicas, também publicadas pelo jornal La Repubblica, entre os homens com os quais Balducci se encontrou figuravam vários seminaristas.
O Vaticano anunciou à imprensa a expulsão do corista e não se pronunciou sobre seu consultor, que estava entre os organizadores do Jubileu do ano 2000.
A Igreja Católica vem sendo confrontada nos últimos meses a uma série de escândalos de pedofilia, principalmente na Alemanha, no célebre coro de Regensburgo, dirigido durante 30 anos pelo irmão do Papa Bento 16, Georg Ratzinger.
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